Alfabetização na Educação Infantil: uma questão de idade?

Nos últimos tempos, temos visto muitas discussões sobre a idade certa para que uma criança se alfabetize. Da parte dos pais e mães, há quem espere que os filhos comecem cedo e busque estimular o interesse com exercícios e atividades e há quem acredite que a primeira infância deve ser preservada e que as crianças não precisam preocupar-se com letras e números antes dos 6 ou até 7 anos. 

Nos últimos tempos, temos visto muitas discussões sobre a idade certa para que uma criança se alfabetize. Será que a alfabetização na Educação Infantil se refere apenas à uma questão de idade? Da parte dos pais e mães, há quem espere que os filhos comecem cedo e busque estimular o interesse com exercícios e atividades e há quem acredite que a primeira infância deve ser preservada e que as crianças não precisam preocupar-se com letras e números antes dos 6 ou até 7 anos. 

São duas maneiras bem diferentes de se pensar a educação, não é verdade?

No entanto, estas duas visões, aparentemente tão distintas, têm um ponto em comum: a maneira como entendem O QUE É ALFABETIZAÇÃO. 

O que é alfabetização?

E é sobre isso que vamos falar agora, pois, no nosso ponto de vista, a questão não é QUANDO alfabetizar uma criança e sim compreender a complexidade e a riqueza do processo de alfabetização, que aqui já adiantamos: é muito mais que a aquisição do sistema de escrita.

“Alfabetizar é também entrar em contato com diferentes gêneros textuais, compreendendo suas funções e seus usos. Isso significa, por exemplo, que a criança irá desde cedo, por meio da ajuda de um adulto, ouvir a leitura de contos e perceber que pode ler por prazer e ter hábito de leitura, que irá seguir uma receita escrita para fazer um bolo ou que irá ler um texto de uma enciclopédia para obter informações científicas que está pesquisando.”[1]

Existem autores que chamam este contato com a diversidade de textos de letramento, mas nós preferimos considerar isso como parte do processo de alfabetização e explicaremos agora o porquê.

O que é leitura?

Para isso, precisamos parar para pensar sobre o que é leitura:

“Tradicionalmente vista como a decifração de um código, hoje em dia sabe-se que o processo de leitura é muito mais que isso. Ler envolve uma série de capacidades, que vão além da pura decodificação. Aliás, quem aprende a ler apenas decodificando não atribui significado ao texto e não compreende o que lê. Esse é um dos grandes problemas da alfabetização no Brasil: o analfabetismo funcional.”[2]

As outras capacidades de leitura às quais estamos nos referindo são ligadas à compreensão, à interação e à interpretação. E são exatamente estas capacidades que precisam ser desenvolvidas pelas crianças desde muito pequenas!

Alfabetização na Educação Infantil

Vejam a diferença: uma criança na Educação Infantil NÃO precisa focar demais na decodificação, o que vemos acontecer quando o processo de alfabetização é restringido a isso. Por esse motivo, consideramos o processo de alfabetização amplamente, colocando dentro dele, como já dissemos, o contato com textos diversos e, consequentemente, o desenvolvimento de capacidades de leitura como:

– reconhecer a estrutura de um gênero textual, como uma receita, isto é, saber que ela se divide em título, ingredientes, modo de preparo, e saber sua função;

– sentir prazer em ler, escolher um livro em uma biblioteca, reconhecer autores e ilustradores, expressar-se em relação à leitura;

– motivar-se para buscar uma informação por curiosidade, como as características de um animal.

E uma criança pequena pode e deve conseguir fazer tudo isso com a ajuda de um adulto, pois consideramos que uma criança é capaz de ler antes de saber ler! (Temos uma trilha de aprendizagem gratuita na Plataforma Ler o Mundo com este tema!)

O controle dos adultos

Outra reflexão importante que gostaríamos de deixar aqui é a respeito do controle que os adultos acreditam que têm sobre o aprendizado das crianças. Pensem conosco: muitas vezes, a decisão acerca da idade em que a criança vai começar a se interessar e pesquisar espontaneamente o mundo da leitura e da escrita NÃO é do adulto! 

Tenho visto pais e mães frustrados, pois não querem adiantar o processo de alfabetização, e a criança aprende a ler sozinha aos 5 ou 6 anos! O contrário também acontece: adultos ansiosos chegam a começar a mostrar letras e fazer atividades com sons com crianças bem pequenas, de 2 ou 3 anos, que acabam se desinteressando pelo assunto, pois querem (e devem) brincar, é claro!

Crianças que vivem em ambientes letrados veem os adultos lendo e escrevendo, percebem a função social da leitura e da escrita, sendo assim, interessam-se por desvendar este lindo mistério – no próprio tempo, que pode variar (tirando casos extremos) de criança para criança.

“Em vez de nos perguntarmos se ‘devemos ou não devemos ensinar’, temos de nos preocupar em DAR ÀS CRIANÇAS OCASIÕES DE APRENDER. A língua escrita é muito mais que um conjunto de formas gráficas. É um modo de a língua existir, é um objeto social, é parte de nosso patrimônio cultural.”[3]

[1] Cardoso, Bruna. Práticas de linguagem oral e escrita na Educação Infantil. São Paulo: Editora Anzol, 2012. P. 34.

[2] Cardoso, Bruna. Práticas de linguagem oral e escrita na Educação Infantil. São Paulo: Editora Anzol, 2012. P. 39.

[3] Ferreiro, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 2011. P. 99.

Professora, venha conhecer nosso curso “Alfabetize para o mundo de hoje”:

Brincadeiras de criança: o simbolismo do faz de conta e a criatividade

 

Provavelmente, muita gente já viveu aquela situação em que a criança ganha um presente e acaba dando mais valor à caixa do que ao brinquedo que vem dentro! Os pequenos são capazes de criar as mais diversas brincadeiras com objetos inusitados: caixas se transformam em carros e barcos, galhos em espadas e varinhas de condão…

Você já se perguntou por que isso acontece?

A criança tem uma capacidade enorme de imaginar e criar brincadeiras com o que possui disponível no momento e mistura isso com as referências que tem do mundo que a cerca. 

Essa capacidade da criança de pegar qualquer objeto como símbolo para representar situações é chamada de jogo simbólico, o famoso jogo do faz de conta!

O psicólogo e filósofo suíço Jean Piaget (1896-1980) estudou profundamente e classificou a evolução dos jogos simbólicos[1] e, com base na teoria do autor, neste artigo, iremos mostrar a importância desses jogos para o desenvolvimento da criatividade das crianças.

Piaget possui um trabalho pioneiro em relação ao desenvolvimento infantil, realizou vários estudos sobre o raciocínio das crianças que impactaram as áreas da psicologia e da educação. A base de sua teoria quebrou o pensamento tradicional de que a criança possui uma mente vazia e precisa ser preenchida com conhecimento externo (de fora para dentro), para o autor, as crianças são capazes de construir conhecimento testando suas próprias teorias sobre o mundo[2]

Nas fases descritas por Piaget para o jogo simbólico, grosso modo, é possível perceber como a criança vai aprimorando o faz de conta. A evolução descrita pelo autor é minuciosa, portanto, aqui, nos cabe trazer apenas alguns exemplos deste processo para que mães, pais e interessados em educação possam compreender o assunto com um pouco mais de profundidade.

A EVOLUÇÃO DO JOGO SIMBÓLICO

Partindo de um faz de conta mais primitivo, em que imita suas próprias ações cotidianas, como dormir (dos 18 aos 24 meses, mais ou menos), aos poucos, a criança começa a projetar os esquemas simbólicos em objetos novos, fazendo seu ursinho ou sua boneca dormir, chorar ou comer, por exemplo. Depois, ela passa a ser capaz de transformar um mesmo objeto em várias possibilidades: um cilindro de papelão (daqueles que sobram quando acaba o papel higiênico ou o papel toalha) pode ser uma luneta, em seguida uma varinha e, num piscar de olhos, transformar-se em um foguete. A capacidade dos pequenos de imaginar é linda de se ver[P1] !

Assim, o desenvolvimento do jogo simbólico continua agregando a imitação do que é visto ao redor a muitas combinações, envolvendo a recriação da realidade e a invenção de seres imaginários. Em uma fase seguinte – dos 4 aos 7 anos, mais ou menos – o jogo simbólico continua sendo muito importante e visível, mas passa a ser mais próximo do real, trazendo cenas ordenadas e o diálogo com ideias continuadas que chegam a ser narrativas com início, meio e fim. As brincadeiras passam a ser compostas por materiais como berços e fogões: “os temas são simbólicos, todavia os pormenores do jogo são muito próximos à realidade concreta”[3]e as brincadeiras começam a incluir várias crianças, que exercem diferentes papéis. 

Na fase que vai dos 7 aos 12 anos, mais ou menos, o simbolismo vai declinando e dando espaço ao jogo de regras. O jogo simbólico que persiste nesta fase é muito ligado aos interesses pessoais de cada criança – é bem organizado, sequencial e pode ser ligado à construção e ao trabalho manual.

O PAPEL DOS ADULTOS 

Uma coisa muito importante de ser ressaltada é que o jogo simbólico só aparece no faz de conta espontâneo. A partir do momento em que os adultos interferem propondo algum tipo de direcionamento, como um teatro, a brincadeira deixa de ser considerada um jogo simbólico. 

Entretanto, isso não significa que os adultos não possam fazer nada para promover o faz de conta! Preparar espaços propícios para que a brincadeira aconteça e brincar junto em alguns momentos (como parte integrante) é muito importante! Inclusive, é possível instigar a imaginação das crianças para que aproveitem ao máximo essa capacidade de simbolizar, que é tão importante! 

Incrementar o faz de conta com brinquedos adequados, que propiciam a interação, como minicozinhas (ou até uma cozinha na terra!), comidinhas de feltro e de madeira, panelinhas, pode ser muito interessante! Como vimos acima, existe uma fase em que as crianças usam materiais mais próximos à realidade no jogo simbólico.

Além disso, existem materiais não estruturados que são chamados em inglês de open-ended (em aberto), que servem exatamente para aguçar a imaginação e, consequentemente, desenvolver a criatividade. Vimos que as crianças menores fazem isso com muita naturalidade, mas é possível incentivar a continuidade do uso da imaginação nas crianças maiores por meio do uso desse tipo de material.

Os materiais aos quais nos referimos são: caixas de papelão, tecidos (que podem se transformar em fantasias e cabanas), blocos de madeira para construção, pedras, galhos, entre outros. É importante ressaltar aqui o papel do adulto garantindo a segurança na hora da escolha e do uso do material e supervisionando a brincadeira.

Além de propiciar espaços propícios para que a brincadeira aconteça, o que os adultos precisam ter em mente é que no jogo simbólico a construção das regras da brincadeira é feita pelas crianças durante o ato de brincar: “Não existe jogo sem regra. Contudo, é preciso ver que a regra não é a lei, nem mesmo a regra social que foi imposta de fora. Uma regra da brincadeira só tem valor se for aceita por aqueles que brincam e só vale durante a brincadeira. Ela pode ser transformada por um acordo entre os que brincam.”[4]

No jogo do faz de conta, a criança experimenta diferentes papéis e comportamentos novos. No faz-de-conta, a criança cria regras, enredos, novos brinquedos, novas possibilidades de se relacionar. Eis onde mora o mais genuíno processo de criação. 

PARA REFLETIR

E, para terminar, trazermos aqui no final uma reflexão bastante importante: 

Habilidades tão importantes nos dias de hoje como criatividade e resolução de problemas podem ser nutridas! O jogo simbólico, tão tradicional e tão parte da infância, precisa ter espaço garantido na vida das crianças! 

Ele acontece espontaneamente?

Como vimos acima, sim! Desde que a criança tenha tempo livre para brincar!


[1] Piaget, Jean. A FORMAÇÃO DO SÍMBOLO NA CRIANÇA. IMITAÇÃO, JOGO E SONHO IMAGEM E REPRESENTAÇÃO. Rio de Janeiro: Zahar Editores

[2] Piaget, Jean e Inhelder, Barbel. (1968) A PSICOLOGIA DA CRIANÇA. São Paulo: Editora Bertrand Brasil.

[3] https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8644339

[4] Brougère, Gilles. BRINQUEDO E CULTURA. Editora Cortez. São Paulo, 2010.

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mãe cansada na Pandemia: SOS

Do que uma mãe (cansada!) na Pandemia precisa? Vamos refletir juntos?

Uma mãe (cansada!) na Pandemia precisa:

Trabalhar, cuidar da casa, dos filhos, da lição dos filhos, da comida e de um monte de outras tarefas invisíveis, como pensar no que precisa ser comprado no mercado, verificar se as crianças estão entrando na aula, se estão comendo direito.

Precisa acordar com um sorriso no rosto, apesar de tudo o que está acontecendo, manter o bom astral da casa. Isso significa manter a organização da casa também.

Precisa cuidar da própria saúde, tentar arrumar uma maneira de se exercitar, comer coisas saudáveis, meditar. E cuidar do relacionamento.

Precisa se transformar em 5, pelo menos, para dar conta de tudo isso que foi citado acima.

Na verdade, a mãe precisa de colo, de apoio.

Precisa também que o mundo entenda que achar que a mulher tem de dar conta de tudo está fora de moda. Simples assim.

Ponto importante: A mãe precisa que o pai se envolva na educação das crianças. A Plataforma Ler o Mundo possui um curso para os pais e familiares ajudarem os filhos na alfabetização no dia a dia, sem estresse. Está mais do que na hora de os homens começarem a se envolver verdadeiramente na educação das crianças!

Venha conosco!

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Alfabetização na Educação infantil: como as famílias podem ajudar?

Será que precisamos nos preocupar com a alfabetização na educação infantil? Bruna Cardoso, especialista em alfabetização e cofundadora da Plataforma Ler o Mundo, faz uma ressalva: “Precisamos ampliar o conceito de alfabetização entendendo que não é preciso forçar crianças pequenas, mas sim contextualizar a leitura e a escrita na vida delas. O mais importante nessa fase é bem simples de ser feito: trazer a leitura e a escrita para o dia a dia, com utilidade e diversão”. 

Será que precisamos nos preocupar com a alfabetização na educação infantil?

Bruna Cardoso, especialista em alfabetização e cofundadora da Plataforma Ler o Mundo, faz uma ressalva: “Precisamos ampliar o conceito de alfabetização entendendo que não é preciso forçar crianças pequenas, mas sim contextualizar a leitura e a escrita na vida delas. O mais importante nessa fase é bem simples de ser feito: trazer a leitura e a escrita para o dia a dia, com utilidade e diversão”. 

Para isso, temos 7 dicas que irão ajudar a refletir sobre alfabetização na Educação Infantil:

1-    Mostre a função dos textos escritos no mundo

·      A escrita está presente no mundo, na nossa rotina. Para que as crianças se sintam motivadas a aprender é preciso mostrar a função desses textos na nossa vida!

·      Leiam juntos as placas que estão nas ruas ou pesquisem uma receita de bolo, por exemplo.

2-    Dê chance para a criança escrever livremente, da maneira que ela consegue

·      As crianças aprendem experimentando. Experimentar escrever da sua maneira é muito importante. 

·      A criança, quando diferencia a escrita do desenho, por exemplo, já dá um grande passo!

·      Aos poucos, conforme o interesse for crescendo, a criança pode começar a se interessar por escrever seu próprio nome, isso é muito bacana e tem a ver com identidade.

3-    Se a criança tiver curiosidade, ajude-a a conhecer as letras do alfabeto e os nomes das pessoas próximas por escrito

·      Conforme a criança for se interessando em conhecer as letras para escrever seu próprio nome, ela pode também querer saber sobre como se escreve os nomes das pessoas mais próximas, ofereça os modelos para que ela possa copiar (da maneira que conseguir).

4-    Leia literatura todos os dias e tenha um cantinho com livros que a criança consiga acessar

·      Entenda o momento de leitura de livros infantis como uma oportunidade para estar junto, compartilhar afeto e tempo. Por mais que o adulto esteja lendo, entendemos que a leitura está sendo compartilhada, ou seja, a criança está lendo também. 

·      Escutar alguém lendo é ler junto. 

·      Crie um momento de leitura na rotina da família. Este momento pode ser a qualquer hora do dia! Muita gente gosta de fazer a leitura na hora de dormir, mas isso não é uma regra. Veja o melhor horário para a SUA FAMÍLIA! O local onde a leitura vai acontecer também é importante, quanto mais aconchegante, melhor! Vale lembrar que o colo também pode ser considerado um lugar de ler.

·      Crie um cantinho da leitura em casa com alguns livros disponíveis para a criança manipular e “ler” sozinha quando quiser!

5-    Faça brincadeiras culturais com músicas que contenham rimas e repetição de sons

·      As músicas e brincadeiras que envolvem parlendas, trava-línguas e cantigas fazem parte da vida das crianças há muitas gerações, não é? 

·      Usar textos como parlendas e cantigas infantis durante a alfabetização faz bastante sentido por causa da importância da sonoridade dessas estruturas, que são cheias de rimas e aliterações, por exemplo. Esses recursos auxiliam na aquisição da consciência fonológica, que é, grosso modo, a habilidade que temos para perceber a diferença entre os sons da língua, de maneira a conseguir articulá-los na fala e na escrita . O desenvolvimento dessa consciência (muito atrelado à sonoridade das palavras, dos versos etc.) fará bastante sentido ainda em outras fases do processo de aprendizagem da criança, como no momento em que ela tiver que pensar em letras que representem os sons das palavras que quer escrever.

·      Tudo isso, é claro, brincando, cantando e vivendo a aprendizagem inserida nas atividades da infância, como não pode deixar de ser!

·      Não é à toa que as cantigas passam de geração para geração! Além de ser uma forma de perpetuar a cultura, elas são a base do repertório da criança! Por isso, brinquem e cantem muito, mas façam isso sem exigir respostas, sem pedir repetição mecânica. Os sons entram e saem naturalmente nestas brincadeiras e canções!

6-    Use e abuse das interações familiares

·      As crianças podem se desenvolver muito com as interações familiares. A Plataforma Ler o Mundo, por exemplo, possui um curso sobre como as famílias podem começar a participar da alfabetização das crianças no dia a dia, sem estresse, nos momentos de folga.

7- A escola é muito importante!

O fato de trazermos aqui dicas para as famílias não significa que isso substitui a escola, pelo contrario, a escola é importantíssima. Lá a criança irá fazer outras inúmeras atividades, que, atreladas aos estímulos familiares, constróem uma experiência de aprendizagem completa, envolvendo as interações e os propósitos didáticos dos professores, isso é insubstituível.

Uma ressalva importante:

Perceba que não estamos falando em aceleração do processo de alfabetização e sim de um olhar mais abrangente para este processo tão bonito e importante na vida de qualquer pessoa!

  • Muitas crianças privilegiadas vivem isso tudo o que trouxemos de maneira natural em casa.
  • Muitas podem passar a viver, a partir do momento que a família percebe a importância disso.
  • Mas, por outro lado, inúmeras crianças não possuem a chance de viver uma parte da alfabetização em casa por conta do contexto familiar, nesses casos a escola é ainda mais importante.

Venha conosco!

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Afinal, devo mandar meu filho para a escola de Educação Infantil agora?

As escolas de educação infantil tendem a abrir gradualmente, seguindo as orientações do estado e/ou da prefeitura. Neste primeiro momento, em grande parte dos estados que autorizou a abertura, a presença das crianças é opcional.

Abertura das escolas de Educação Infantil na Pandemia

As escolas de educação infantil tendem a abrir gradualmente, seguindo as orientações do estado e/ou da prefeitura. Neste primeiro momento, em grande parte dos estados que autorizou a abertura, a presença das crianças é opcional. Pesquise sobre isso. Pode ser que exista uma porcentagem de presença física obrigatória.

As escolas provavelmente continuarão oferecendo o ensino remoto também, ou seja, o modelo de ensino será híbrido, mesclando o presencial e o online. Essa mescla ainda irá acontecer por um tempo, tudo depende de como forem os desdobramentos da Pandemia. 

A volta será gradual, o que é positivo. Assim, as escolas e as famílias conseguem se adaptar aos novos protocolos de higiene e convivência. Cheque se a escola tem condição de oferecer os protocolos, caso não tenha, é preciso cobrar.

A adaptação não se refere apenas aos protocolos, ela também se refere:

  • ao bem-estar emocional de todos, alunos e professores, nesse novo contexto.
  • a uma estrutura pedagógica que suporte o novo modelo de ensino, ou seja, uma formação de professores adequada.

A parceria entre escola e família

Segundo Bruna Cardoso, pedagoga e cofundadora da Plataforma Ler o Mundo, “Esta é uma situação difícil para todos: famílias, gestores e professores. Com o acolhimento dos sentimentos, consciência da situação e respeito, as chances de as coisas darem certo são muito maiores.”

Além disso, algo que se tornou evidente após tanto tempo de Pandemia é a participação das famílias, junto com a escola, na educação das crianças.

A escola é extremamente importante na vida de uma criança, lá ela irá se socializar, aprender e se desenvolver. Isso não significa que a família também não tenha o seu papel: juntas, família e escola, em parceria, são essenciais para um processo de aprendizagem saudável que engloba perceber o outro, dividir, colaborar, interagir, perceber diferentes opiniões, colocar-se no lugar do outro. 

Na fase de alfabetização, por exemplo, a família pode participar muito fazendo algo diferente do que faz a escola, no dia a dia, trazendo a função da leitura e da escrita para a vida, como propõe o curso Experiência Ler o Mundo.

Educação Infantil: 4 atividades que as crianças podem fazer em casa!

Muitas crianças de Educação Infantil ainda não voltaram para a escola presencialmente, seja porque as aulas não voltaram ou por opção da família. Mas isso não é um impedimento para a diversão dos pequenos, eles podem fazer várias atividades!

A pedagoga Paula Strano ainda faz um alerta: “A Pandemia, entre tantas questões, trouxe um problema para as famílias, que não pode ser deixado de lado: o excesso de telas na vida das crianças. Sem a possibilidade de sair de casa, muitos pais acabaram flexibilizando o tempo de tela para as crianças, pois passamos (e estamos passando ainda) por uma situação emergencial. No entanto, é preciso parar para refletir, as crianças precisam fazer atividades divertidas e construtivas fora das telas.”

Veja algumas dicas para passar momentos gostosos em casa e entreter os pequenos:

1. Cozinhe junto com as crianças

Criança na cozinha (tomando todos os cuidados) é sinônimo de diversão e aprendizagem! Bolos, biscoitos, tortas, pães… os pequenos vão adorar! Além de aprender sobre transformação, a culinária traz matemática (nas quantidades) e leitura (nas receitas). Ver os adultos lendo já é uma grande aprendizagem, pois estão aprendendo a função social do texto escrito.

O curso para pais Experiência Ler o Mundo possui um módulo só sobre isso, com orientações, reflexões e atividades práticas! Conheça! As crianças de educação infantil que já começaram a se interessar pelo mundo da leitura e da escrita podem aproveitar muito as atividades propostas!

2. Desenhem juntos

Que tal criar em casa um cantinho do desenho? Não precisa ser algo grandioso, basta separar um local na casa e deixá-lo organizado com alguns lápis coloridos e giz de cera e alguns papéis, por exemplo. Sente-se para desenhar com a criança, conversem nesse momento, faça o seu desenho também ou desenhem na mesma folha de papel. Na conversa, a linguagem se desenvolve e, ao desenhar, a coordenação motora manual. Certamente, será um bom momento de troca e afeto em família. Organizem juntos o material quando a atividade terminar. Assim, além da diversão, a criança também começa a desenvolver responsabilidade. Você vai ver que, aos poucos, a criança começa a usar o canto do desenho sozinha também, e essa se torna mais uma atividade bacana para acontecer em casa!

3. Faça brincadeiras diferentes

Crie circuitos pela casa e brincadeiras diferentes, que mexem o corpo, dentro de casa. Pode ser uma sequência de cadeiras para passar por cima e por baixo (verifique se é seguro), por exemplo. A tradicional brincadeira do “Elefante colorido” também é ótima: a criança corre, se mexe e aprende as cores. O importante é que a criança tenha a chance de se movimentar e desenvolver de alguma maneira a coordenação motora global, mesmo estando dentro de casa.

4. Desenvolva a criatividade da criança de Educação Infantil com atividades sem telas

Estipule um tempo (grande) do dia sem telas e deixe as crianças livres para escolher o que fazer. Para isso, é bacana que a criança tenha opções de escolha, para organizar suas brincadeiras de faz de conta. Os materiais podem ser os brinquedos convencionais (bonecas, carrinhos), mas podem ser também objetos não estruturados, como caixas de papelão. Aprender a lidar com o tédio e a partir dele escolher o que fazer é muito importante, é nesse momento que brota a criatividade. Vale ressaltar que isso não acontece de uma hora para outra, as crianças precisam ter tempo para desenvolver a autonomia para brincar. E precisam se acostumar a fazer isso com independência. Se estiver difícil, ofereça sua companhia, brinque um pouco junto e saia aos poucos, ficando por perto. Vá aumentando esse tempo gradualmente.

Descubra a experiência que ensina o seu filho a ler!

Por que 
fazer parte?

EDUCAR NÃO PRECISA SER CHATO!
Estudar pode ser chato. Ler também. Ensinar as crianças é um desafio! E a participação dos pais na educação tem sido cada vez mais importante… Necessária!

Foi para isso que surgiu a Experiência LER O MUNDO:

Para unir pais e filhos em momentos de aprendizado, mas sem esforço! E sim, com muita alegria, facilidade e interatividade, com aulas curtas que guiam no caminho do aprendizado.

APRENDER COM O MUNDO REAL É MAIS LEGAL
Usando técnicas de pedagogia, a Experiência LER O MUNDO leva você e seu filho em uma jornada de leitura de tudo que já está ao redor da criança: a cidade, o supermercado, as receitas da cozinha e muito mais!

APENAS ALGUNS MINUTOS POR DIA
Um convite para sair da telinha do computador e aprender brincando e olhando para o mundo, com aulas rápidas e prazerosas!
Assim fica muito mais gostoso aprender!

“Leitura vai muito além do texto escrito quando estamos ensinando uma criança. Com o caminho certo, os pais participam de uma educação interativa e agradável com seus filhos, que aprendem até mais rápido que o normal”. (Bruna Cardoso, professora Ler o Mundo).

E aí: vamos ler o mundo?

Excesso de telas na vida das crianças de Educação Infantil: como lidar?

Aulas online na Educação Infantil.
No modelo híbrido de ensino, mesmo na Educação Infantil, as atividades e encontros remotos ainda continuarão acontecendo. Isso, aliado ao uso no dia a dia, pode gerar um tempo grande das crianças de educação infantil na frente das telas, que vai além do tempo recomendado por especialistas, inclusive. 

No modelo híbrido de ensino, mesmo na Educação Infantil, as atividades e encontros remotos ainda continuarão acontecendo. Isso, aliado ao uso no dia a dia, pode gerar um excesso de telas ainda grande para as crianças de educação infantil, que vai além do tempo recomendado por especialistas, inclusive. 

Para a pedagoga Paula Strano, cofundadora da Plataforma Ler o Mundo “É preciso parar para refletir, pois já se foi mais de um ano de pandemia e as crianças, ainda mais as de educação infantil, podem sofrer consequências sérias no desenvolvimento da linguagem, na qualidade do sono, na alimentação, na postura corporal e na visão, por causa do excesso de uso de telas. A falta de socialização saudável, obesidade e sedentarismo são outros exemplos de consequências que não podem ser deixadas de lado.”.

Estamos diante de uma situação emergencial, mas muito prolongada. A ideia não é criar pânico. Mas os danos do excesso de uso de telas podem ser muitos.

O que fazer? Como lidar com esse excesso de telas?

1-    Usar as telas a nosso favor

Precisamos pensar não só no tempo de uso das telas, mas no tipo de uso, isso faz diferença. 

A Sociedade Brasileira de Pediatria traz uma nova classificação interessante, sempre levando em consideração a idade, com os adultos gerenciando o uso, fazendo a curadoria de conteúdo e proporcionando reflexões sobre a educação digital: 

·      Tempo para relacionamento afetivo (falar com familiares e amigos)

·      Tempo funcional (aulas, pesquisas)

·      Tempo de lazer (jogos adequados, bons filmes)

·      Tempo para segurança (refletir sempre sobre o uso das mídias, plataformas e a segurança online)

2-    Criar antídotos para o excesso de uso

A sugestão é proporcionar para as crianças momentos que sirvam como antídotos ao excesso de exposição às telas gerado pela Pandemia na vida dos pequenos.

Tempo de qualidade em família, passeios periódicos ao ar livre, com consciência e seguindo os protocolos, são um exemplo. 

Podemos também transformar os espaços dentro de casa para que as crianças possam brincar com mais liberdade. E precisamos criar mais tempo na nossa rotina para brincar junto com as crianças também. Sabemos que é difícil para muitas famílias, mas a recompensa é enorme para todos: crianças e adultos. 

As crianças podem se desenvolver muito com as interações familiares. A Plataforma Ler o Mundo, por exemplo, possui um curso sobre como as famílias podem começar a participar da alfabetização das crianças no dia a dia, sem estresse, nos momentos de folga.

Crianças e adultos precisam encontrar maneiras de melhorar o bem-estar físico e emocional nesse momento tão difícil.

Descubra a experiência que ensina o seu filho a ler!

Por que 
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EDUCAR NÃO PRECISA SER CHATO!
Estudar pode ser chato. Ler também. Ensinar as crianças é um desafio! E a participação dos pais na educação tem sido cada vez mais importante… Necessária!

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Para unir pais e filhos em momentos de aprendizado, mas sem esforço! E sim, com muita alegria, facilidade e interatividade, com aulas curtas que guiam no caminho do aprendizado.

APRENDER COM O MUNDO REAL É MAIS LEGAL
Usando técnicas de pedagogia, a Experiência LER O MUNDO leva você e seu filho em uma jornada de leitura de tudo que já está ao redor da criança: a cidade, o supermercado, as receitas da cozinha e muito mais!

APENAS ALGUNS MINUTOS POR DIA
Um convite para sair da telinha do computador e aprender brincando e olhando para o mundo, com aulas rápidas e prazerosas!
Assim fica muito mais gostoso aprender!

“Leitura vai muito além do texto escrito quando estamos ensinando uma criança. Com o caminho certo, os pais participam de uma educação interativa e agradável com seus filhos, que aprendem até mais rápido que o normal”. (Bruna Cardoso, professora Ler o Mundo).

E aí: vamos ler o mundo?

Ensino remoto: 4 mitos e verdades

Aulas online em casa, quem é mãe ou pai com crianças em idade escolar com certeza está vivendo este grande desafio. De uma lado temos famílias sobrecarregadas e, de outro, professores fazendo tudo o que podem para lidar com os desafios do ensino remoto.

Temos recebido muitas questões das mães e dos pais sobre o assunto, em um momento como este, a parceria entre a família e a escola precisa se fortalecer, sabemos que a mãe e o pai não são professores, e nem precisam ser, mas precisam oferecer apoio para as crianças.

Muito se ouve por aí sobre ensino remoto, por isso é preciso desvendar alguns mitos e verdades sobre o assunto:

1- O ensino remoto substitui o presencial 

MITO!

O ensino remoto foi criado em caráter emergencial. Ele tem durado mais tempo que o esperado, mas é o que temos – e traz bons resultados na aprendizagem quando acontece em condições ideais. Ou seja, quando bem estruturado, é possível que as crianças aprendam bastante. No entanto, ele não substitui o ensino presencial. 

Estar com os colegas, relacionar-se socialmente, aprender com o outro, aprender com o ambiente são alguns exemplos de pontos insubstituíveis do ensino presencial. 

2- O ensino remoto facilita a vida dos professores

MITO!

Os professores tiveram que criar do zero e rapidamente um novo modelo de ensino. Criar e adaptar atividades, projetos e sequências didáticas pensando nas ferramentas digitais envolve estudo e muita pesquisa. Não se trata de simplesmente dar aula na frente do computador. Além disso, mediar as interações virtuais, preocupar-se com a aprendizagem de todos os alunos e avaliar têm sido um enorme desafio. 

3- As crianças não aprendem com o ensino remoto

MITO!

Crianças maiores de 5 anos, com internet, um dispositivo digital, material, um modelo de ensino remoto que priorize as abordagens ativas e com a parceria da família conseguem aprender, sim. 

A questão é que nem todas as mães e pais podem dar este apoio tão necessário, pois precisam trabalhar. Para casos assim, a Plataforma Ler o Mundo, por exemplo, possui um curso sobre como as famílias podem participar da alfabetização das crianças no dia a dia, sem estresse, nos momentos de folga.

No entanto, nem todas as crianças possuem acesso à internet e computador/tablet/celular ou um contexto domiciliar favorável para a aprendizagem. Por isso, temos visto uma quantidade enorme de crianças em defasagem, isso é muito sério. Com a volta às aulas gradual, o grande desafio será oportunizar, para quem não conseguiu aderir ou acompanhar o ensino remoto, as aprendizagens necessárias, ou seja, uma reorganização curricular para que todos possam caminhar do ponto em que pararam.

4- O ensino remoto proporciona outras aprendizagens

VERDADE!

O ser humano tem uma capacidade enorme de se adaptar. As crianças que seguiram no ensino remoto avançaram enormemente no letramento digital.  Além de dominarem recursos e ferramentas, temos visto as escolas investindo na educação midiática, algo muito importante nos dias atuais. Desenvolver o pensamento crítico e a autonomia para lidar com as fake news e a desinformação, por exemplo, é uma capacidade essencial hoje em dia. Além disso, estão usando as criatividade para lidar com o tempo livre dentro de casa e desenvolvendo resiliência para conseguir passar por um momento tão adverso e cheio de desafios, por exemplo. 

Leia também outros artigos que publicamos sobre o tema:

Estudo na Pandemia: como as mães e pais podem ajudar as crianças

Qual é o papel das famílias no ensino remoto?

Estudo na Pandemia: como a mãe e o pai podem ajudar as crianças

Estudo na Pandemia: como a mãe e o pai podem ajudar as crianças
5 dicas que irão te ajudar muito!

SOS Estudo na Pandemia: 5 dicas que irão ajudar muito as mães e o pais!

1- Crie uma rotina da casa

Mesmo estando em casa, precisamos manter uma rotina, ela traz segurança para as crianças e cria uma organização para toda a família. Isso inclui os horários das refeições e as tarefas de todos os integrantes da família, horário de brincadeira, uso de telas e estudo, é claro!

2- Informe-se sobre o que a escola espera da criança nas atividades 

Sabemos que a mãe e o pai não são pedagogos, mas é preciso saber pelo menos um pouco sobre o que se espera que a criança faça sozinha para poder ajudar na medida certa. Isso significa não fazer pela criança e, ao mesmo tempo, não deixá-la sem nenhum suporte. Para isso, converse com a escola. Ligue, mande e-mail, nós também precisamos desenvolver a comunicação fora do presencial.

3-  Incentive a autonomia 

Incentivar a autonomia gradativamente significa ajudar e ao mesmo tempo deixar a criança fazer sozinha, na medida certa. Isso também pode ser feito oferecendo algumas ferramentas de organização para as crianças, como quadros semanais de organização da casa e dos horários das aulas e atividades para fazer e entregar. Quando a criança tem noção do que precisa fazer e quando precisa fazer, ela consegue se engajar muito mais nas atividades. Assim ela cria responsabilidade. 

4- Pense nos pontos positivos 

A situação está difícil para todo mundo, sabemos. O exercício de encontrar pontos positivos pode nos ajudar e nos motivar nesse momento duro. Pense que as crianças estão aprendendo muito sobre esse novo mundo digital e saber usá-lo positivamente é um grande ganho. Muitas crianças estão tendo mais tempo com a mãe, o pai ou os irmãos em casa. Podem ter a chance de participar mais das tarefas da casa, isso é um aprendizado enorme para a vida. Além disso, existem maneiras da família participar do aprendizado das crianças em fase de alfabetização, por exemplo, sem estresse! A Plataforma Ler o Mundo possui o curso Experiência Ler o Mundo que é perfeito para isso!

E o mais importante: estão adquirindo resiliência, capacidade de passar por adversidades, lidar com perdas (em muitos casos), com as emoções exacerbadas pela saudade da escola, dos familiares e dos amigos. Isso tudo, de alguma maneira, nos fortalece. Atravessar desafios faz parte da vida, como cada um atravessa faz toda a diferença.

5- Vai passar!

Sim, não podemos deixar de olhar para o fim do túnel. Um túnel que parecia curto, mas se mostrou muito maior que o esperado. Quem queria passar por ele prendendo a respiração e contando teve que parar para pegar mais fôlego, uma vez, duas vezes, três vezes… mas o final vai chegar!

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4- Ensino híbrido: o que significa?

Qual é o papel das famílias no ensino remoto?

Qual é o papel das famílias no ensino remoto?
Afinal, onde está a escola?

O ensino remoto ressignificou a parceria entre as  famílias e a escola. A escola se transformou. 

Afinal, onde está a escola? Na plataforma, na tela, na escrivaninha, na mesa da sala, no meio da sala… 

Quem está na escola? Os alunos, as professoras e professores, os irmãos, a mãe, o pai, o cachorro…

No meio de todo esse nó, vemos nascer um novo modelo de escola. 

Emergencial, sim!

Ideal, não!

O papel da família muda na relação com a escola, sim. As crianças precisam de suporte – mais ou menos, dependendo da faixa-etária – por mais que a escola se prepare para atender a todos remotamente. 

Não existe uma receita de como a família deve agir, já que o nível de autonomia das crianças é diferente em cada idade. A metodologia/abordagem das escolas varia também. As escolas possuem demandas diferentes. Entender o que se espera da criança e ajustar as expectativas junto à escola é algo que pode ser feito por meio de conversas assertivas.

Algumas coisas são essenciais:

  • Internet
  • Um dispositivo disponível no momento das aulas síncronas
  • Material para fazer as atividades

Algumas coisas são importantes: 

  • Um ambiente tranquilo e organizado para fazer as aulas/atividades
  • Proporcionar a construção gradual da autonomia

Sabemos que a dinâmica de cada família é diferente.

Nem sempre o ideal é possível!

Mas é o que temos no momento. 

Estar com o espírito disponível para fazer acontecer é o melhor começo. 

Manter esse espírito é um desafio diário. 

Manter esse espírito por mais de um ano é um exemplo de resiliência que podemos mostrar aos nossos filhos e ajudá-los a desenvolver.

Infelizmente muitas famílias aqui no Brasil não possuem o essencial para que a criança/adolescente ingresse no ensino remoto. Isso é muito triste.

Como a família pode participar na prática do ensino remoto? A plataforma Ler o Mundo possui um curso que é uma experiência familiar que ajuda na aprendizagem, venha conhecer! Cadastre-se agora e faça as 4 primeiras aulas do Experiência Ler o Mundo gratuitamente!

Leia também nosso post sobre como o pai e a mãe podem ajudar nos estudos durante pandemia.

Ensino híbrido: qual é o significado?

Falamos anteriormente sobre o ensino remoto. Agora, temos acompanhado o início da reabertura das escolas em algumas localidades, mas ela é gradual. Portanto, o modelo de ensino adotado neste início de reabertura precisa ser híbrido. Você sabe o significado do ensino híbrido?

Características e significado do ensino híbrido

O ensino híbrido é composto por atividades presenciais e remotas. Na atual situação, a quantidade de tempo presencial e remoto vai  variar de acordo com as diretrizes estaduais e/ou municipais, levando em conta o status da Pandemia em cada local.

Para organizar a rotatividade de alunos e cumprir as porcentagens presenciais permitidas, as escolas têm usado diferentes estratégias. É extremamente desafiador organizar a escola para isso. É preciso uma mudança de olhar em relação ao uso dos espaços e à prática pedagógica. 

Dois aspectos são cruciais nesse novo modelo:

1- organização 

2- criatividade 

Organização tem a ver com:
  • a logística da escola para acomodar os alunos com segurança nos espaços (cumprindo verdadeiramente os protocolos);
  • a maneira de fazer o planejamento levando em consideração o rodízio de alunos;
  • a articulação entre o presencial e o on-line de maneira que um complemente/se alimente do outro;
  • um olhar para a escola como um todo, um senso de comunidade para com a ocupação dos espaços e, acima de tudo,  um pacto coletivo de respeito entre todos que irão dividir espaços.
Criatividade tem a ver com:
  • a maneira de olhar para a ocupação dos espaços, transformando antigos paradigmas em novas ideias, por exemplo, fazendo aulas em espaços externos (jardins) da escola nunca antes usados para isso;
  • Criar/usar estratégias didáticas que articulem presencial e on-line e que tenham como pano de fundo pedagogias/metodologias ativas. 
  • Ou seja, precisamos tentar fugir do excesso de aulas expositivas (pedagogia tradicional) que apenas “depositam” conteúdo e deixam os alunos passivamente “absorvendo” informações. A importância de engajar os alunos no processo de aprendizagem toma proporções ainda maiores nesse contexto.
  • Para isso, o ideal é usar os momentos presenciais para a troca, a interação segura, o fazer.

Nada substitui a aprendizagem presencial, mas, no momento, temos que lidar com o possível. 

Isso envolve tomar decisões difíceis, como mandar as crianças para a escola com o presencial optativo. 

E você, vive este dilema? Como está lidando com isso?

Você sabia que a família pode participar do ensino híbrido e/ou remoto? A plataforma Ler o Mundo possui um curso que é uma experiência familiar que ajuda na aprendizagem, venha conhecer! Cadastre-se agora e faça as 4 primeiras aulas do Experiência Ler o Mundo gratuitamente!

Descubra a experiência que ensina o seu filho a ler!

Por que 
fazer parte?

EDUCAR NÃO PRECISA SER CHATO!
Estudar pode ser chato. Ler também. Ensinar as crianças é um desafio! E a participação dos pais na educação tem sido cada vez mais importante… Necessária!

Foi para isso que surgiu a Experiência LER O MUNDO:

Para unir pais e filhos em momentos de aprendizado, mas sem esforço! E sim, com muita alegria, facilidade e interatividade, com aulas curtas que guiam no caminho do aprendizado.

APRENDER COM O MUNDO REAL É MAIS LEGAL
Usando técnicas de pedagogia, a Experiência LER O MUNDO leva você e seu filho em uma jornada de leitura de tudo que já está ao redor da criança: a cidade, o supermercado, as receitas da cozinha e muito mais!

APENAS ALGUNS MINUTOS POR DIA
Um convite para sair da telinha do computador e aprender brincando e olhando para o mundo, com aulas rápidas e prazerosas!
Assim fica muito mais gostoso aprender!

“Leitura vai muito além do texto escrito quando estamos ensinando uma criança. Com o caminho certo, os pais participam de uma educação interativa e agradável com seus filhos, que aprendem até mais rápido que o normal”. (Bruna Cardoso, professora Ler o Mundo).

E aí: vamos ler o mundo?

O que saber sobre o ensino remoto?

Já falamos muito aqui sobre o ensino remoto, mas, com o prolongamento da Pandemia, acreditamos que seja importante retomar algumas questões que circundam o ensino remoto, já que, após um ano, muita coisa foi experimentada e já é possível saber com mais clareza o que funciona ou não.

Ensino remoto: muitas mães e pais possuem dúvidas sobre o funcionamento dessa nova modalidade de ensino. Neste artigo iremos esclarecê-las.

Já falamos muito aqui sobre o ensino remoto, mas, com o prolongamento da Pandemia, acreditamos que seja importante retomar algumas questões que circundam o ensino remoto, já que, após um ano, muita coisa foi experimentada e já é possível saber com mais clareza o que funciona ou não.

Mãe ajudando a filha no ensino remoto

Ensino remoto não é sinônimo de homeschooling e nem de EAD (educação a distância). É um modelo de ensino que foi criado em caráter emergencial para que as crianças conseguissem continuar na escola durante a Pandemia.

Características do ensino remoto

No ensino remoto podem acontecer dois tipos de aula: 

  • síncrona (ao vivo);
  • assíncrona (vídeos gravados ou disponibilizados e atividades que as crianças podem fazer sem a presença do professor).

Além disso, muitos professores criaram  maneiras diferentes e produtivas de interação virtual e aprendizagem entre os alunos com pequenos grupos e pesquisas.

O ensino remoto não precisa (e não deve) colocar as crianças na frente das telas ao vivo na mesma quantidade de tempo que as crianças ficavam na escola, independentemente da demanda das famílias de que a escola deva dar conta de ocupar o tempo das crianças. 

A comunicação no ambiente virtual é muito diferente e demanda muito mais esforço de atenção. Quando estamos presencialmente com as pessoas, usamos vários elementos para nos comunicar, como a linguagem corporal, as percepções do que está acontecendo no ambiente, a clareza do tom de voz, até a percepção das emoções. Isso se perde no ambiente virtual. Sendo assim, fica muito mais difícil compreender e interpretar as mensagens, a atenção é mais demandada e, consequentemente, nos cansamos muito mais. Você não se sente exausto depois de uma reunião on-line? Imagine as crianças!

Parceria entre escola e família

No ensino remoto, a parceria entre a família e a escola, que sempre foi importante, torna-se crucial. É natural que as crianças, dependendo da faixa etária, necessitem de ajuda e suporte para entrar na aula na hora certa, acessar a plataforma e fazer e entregar as atividades propostas. 

Isso demanda bastante das famílias. Sabemos que mães e pais não são professores, mas em uma situação atípica e prolongada como essa Pandemia, é um esforço necessário.

Depoimento de uma mãe

Luciana M., é uma mãe que usou a Plataforma Ler o Mundo como apoio, em parceria com a escola, em maio do ano passado. Veja que depoimento interessante:

“Meu relato aqui vai ser de felicidade e agradecimento. Felicidade por ter descoberto que o processo de alfabetização do meu filho começou lá atrás, quando nós começamos a ler para ele ainda bebê, e essa prática se tornou constante até hoje. De repente, nos deparamos com uma surpreendente pandemia que nos isolou e tirou o pequeno da escola. Sem aulas online! Justamente no ano em que ele iniciaria esse processo encantador. E nos descobrimos, em parte, ajudantes de professores. Em casa, iniciamos esse processo natural e maravilhoso. E, agora, vem o agradecimento. A vocês, que nos apresentaram a forma mais encantadora de alfabetização! Natural, interessante (pra ele e pra nós)! E, como num passe de mágica, ele estava lendo e escrevendo. Com ajuda e no tempo dele. Sem massacres de beabá ou aulas na frente do computador. Felicidade e gratidão! Isso define nossos meses de isolamento com alfabetização.”

Todos – professores, gestores, funcionários das escolas e famílias – estão fazendo esforços extras para lidar com a situação. Precisamos estar juntos, em parceria, para que funcione da melhor maneira possível!

Como a família pode participar do ensino remoto? A plataforma Ler o Mundo possui um curso que é uma experiência familiar que ajuda na aprendizagem, venha conhecer! Cadastre-se agora e faça as 4 primeiras aulas do Experiência Ler o Mundo gratuitamente!

Saiba mais sobre o papel da mãe e do pai no ensino remoto nos outros posts que escrevemos sobre o assunto:

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