O Leão Papa-desenhos, de Beniamino Sidoti, ilustrado por Gianluca Foli, Editora Pulo do Gato

Naquela cidade, havia um leão que comia desenhos. Mas não qualquer desenho – ele gostava mesmo dos feitos por crianças, bem coloridos, cheios de vida. O problema é que, para saciá-lo, elas tinham que produzir muito, com bastante capricho, todos os dias, todas as horas.

Resenha para crianças

O Leão Papa-desenhos

Naquela cidade, havia um leão que comia desenhos. Mas não qualquer desenho – ele gostava mesmo dos feitos por crianças, bem coloridos, cheios de vida. O problema é que, para saciá-lo, elas tinham que produzir muito, com bastante capricho, todos os dias, todas as horas.

A situação estava ruim, as crianças estavam cansadas e os pais chateados por não poder guardar nenhum desenho de seus filhos. Até que um menino foi conversar com o leão e improvisou um plano muito inteligente. Mas eu não posso contar qual é o plano, né? Se não perde a graça!

Veja como foi a leitura de O Leão Papa-desenhos:

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O Sr. Raposo adora livros, de Franziska Biermann, Editora Cosac Naify

O Sr. Raposo adora livros. Gosta tanto que devora os exemplares, com sal e pimenta. O problema é que os livros nunca são suficientes – são caros para comprar em livrarias e não se pode devorar, despercebido, todos os exemplares de uma biblioteca. Mas ele encontrou uma solução!

Resenha para crianças

O Sr. Raposo adora livros. Gosta tanto que devora os exemplares, com sal e pimenta. O problema é que os livros nunca são suficientes – são caros para comprar em livrarias e não se pode devorar, despercebido, todos os exemplares de uma biblioteca. Mas ele encontrou uma solução! E sabe de onde ela veio? Justamente de tudo o que aprendeu nas muitas histórias que comeu durante a vida. Porque armazenar palavras é uma ótima ideia para quem precisa ter ideias!

Mais sobre a leitura

Helena quis contar um pouco do livro que ela está lendo sozinha, “O Sr. Raposo Adora Livros!”, de Franziska Biermann, editora #cosacnaify. Eu fiquei super feliz quando ela começou a fazer isso e a vontade de ler sozinha partiu dela.

A gente já tinha lido juntas alguns livros em partes e em capítulos (eu lendo), então essa leitura serviu como uma ponte para a leitura independente de livros maiores. Formar leitores é um processo lindo! Você que tem filhos pequenos e lê para eles desde bebê, continue firme, faça a mediação, traga bons livros para casa que o resultado é maravilhoso!

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O livro sem figuras, de B. J. Novak, Editora Intrínseca

Resenha para crianças: O livro sem figuras

O que vocês acham de um livro sem figuras? Chato? Bobo? Pois pode ser também muito engraçado! Quem lê essa história acaba numa armadilha de palavras e, de repente, se vê obrigado a falar e fazer coisas diferentes, fazer barulhos esquisitos, cantar músicas bobas e até fazer declarações um pouco constrangedoras… Tudo para chamar a atenção dos pequenos leitores, já que não há figuras.

É muito divertido, garanto que vocês vão se surpreender!

Veja como foi a leitura!

A gente se divertiu muito hoje com “O Livro Sem Figuras”, de B.J. Novak, da editora Intrínseca. Tive que ler tudinho que estava escrito no livro, seguindo a regra, e as crianças morreram de rir!

Com humor, o livro quebra totalmente com aquela ideia de que um livro sem imagem é sem graça!

Um livro para descontrair, dar risada, sem medo de pagar mico!

Atenção: um adulto envergonhado não vai conseguir fazer a leitura!

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Super Zeróis, de Marcelo Cipis, Editora Cosac Naify

Resenha para crianças

Vamos conhecer os Super Zeróis?

Esse não é um livro convencional. Ou, pelo menos, não um livro que já esteja convencionalmente pronto. São várias cartas com divertidas ilustrações dos super zeróis, que podem ser contadas na ordem original ou reorganizadas para que novas histórias sejam inventadas com esses personagens – muito divertidos e atrapalhados, como o Hiperseno, que tem a coragem do tamanho de um grão de areia, sem exagerar! Aliás, há descrição dos zeróis para quem quer conhecê-los, mas nada impede que, com criatividade, eles ganhem diferentes características, nomes e, claro, poderes.

 

Mais sobre a leitura de Super Zeróis

Hoje foi dia de criação de história a partir de uma caixinha muito especial.

As crianças se encantaram com a caixinha dos “Super Zeróis”, do Marcelo Cipis, editora #cosacnaify e, na maior empolgação, decidiram criar uma história!

Um objeto-livro totalmente diferente e interativo. A leitura tem a ver com a materialidade e traz inúmeras possibilidades! Tudo com muito bom humor e muitas pitadas de ironia!

Confira o resultado no vídeo!

Explore a tag #lomlivrodeheroínaseheróis e encontre mais livros legais como este!

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Não existe dor gostosa, de Ricardo Azevedo, ilustrado por Mariana Massarani

Resenha para crianças

Para você, qual é a pior dor? De cabeça, ouvido, garganta? Não existe dor gostosa, nem dor que seja melhor… E com esse monte de doenças que estão por aí, fica difícil eleger a pior delas, a mais assustadora. Mas com uma divertida combinação de palavras e sintomas, as doenças ficam muito melhores… de ler, pelo menos!

O livro tem vários poemas sobre doenças comuns do dia a dia, como tosse, frieira, vermes e lombrigas, além de alguns adivinhas. Tudo tratado com muito bom humor por Ricardo Azevedo, como sempre!

Mais sobre a leitura do livro Não existe dor gostosa

O livro de hoje é de um autor muito bacana, o Ricardo Azevedo. O livro “Não existe dor gostosa” trata com o maior bom humor o tema doenças e adjacências. Cada doença é um poema e o final é cheio de adivinhas divertidas! O livro tem ilustrações de Mariana Massarani.

Veja como foi a leitura!

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A Formiga Aurélia e outros jeitos de ver o mundo, de Regina Machado, ilustrado por Angela Lago

Regina Machado é uma grande pesquisadora de histórias. Em “A Formiga Aurélia e outros jeitos de ver o mundo”, ela traz sete narrativas da tradição oral do oriente, que têm um jeito especial de falar que sobre a vida, a passagem do tempo, características peculiares de pessoas e lugares, as diferenças e as diversas perspectivas que podem existir por trás de nossos olhares.

Resenha para crianças

Vamos conhecer o livro A Formiga Aurélia e outros jeitos de ver o mundo?

Regina Machado é uma grande pesquisadora de histórias. Em “A Formiga Aurélia e outros jeitos de ver o mundo”, ela traz sete narrativas da tradição oral do oriente, que têm um jeito especial de falar que sobre a vida, a passagem do tempo, características peculiares de pessoas e lugares, as diferenças e as diversas perspectivas que podem existir por trás de nossos olhares.

Minha história preferida é a disputa entre “Os artistas chineses e gregos”, que usam suas técnicas milenares para ver quem consegue agradar mais o rei, mas acabam surpreendendo e emocionando toda a cidade.

Mais sobre a leitura do livro A formiga Aurélia:

Lemos O alfaiate desatento, conto que eu mais gosto do livro A formiga Aurélia e outros jeitos de ver o mundo. O livro é da Regina Machado com desenhos de Angela Lago. A história é linda, confira a leitura no vídeo!

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A vida íntima de Laura, um livro de Clarice Lispector

ônica de Clarice Lispector, fica fácil entendê-la e admirá-la – tanto Laura quanto Clarice!

Resenha para crianças

Laura é uma galinha muito simples, simpática e bastante burra. Ao conhecer a vida íntima que ela leva no galinheiro através da linguagem direta e irônica de Clarice Lispector, fica fácil entendê-la e admirá-la – tanto Laura quanto Clarice!

 

 

 

 

 

Mais sobre a leitura

A leitura fez parte do #lomdesafioliterario

Foi um dos primeiros livros que lemos! Como fazia parte do desafio ler um livro por dia, aproveitamos cada momento livre para ler! Neste dia a leitura foi no carro, quando esperávamos os irmãos saírem da natação.

Este é um livro que pode ser lido em diferentes fases da infância (e da vida!). Já li com alunos na escola muitas vezes e com meus filhos também! Percebo que a cada leitura as crianças trazem olhares diferentes e acessam diferentes “camadas” do livro!

A edição lida (que eu tenho) é antiga, a nova edição é mais bacanuda, possui lindas ilustrações de Odilon Moraes.

 

 

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Peppa, de Silvana Rando

 

Peppa nasceu bem cabeluda, com um chumaço de cabelo preto e volumoso no topo da cabeça. Quando cresceu um pouco, usava suas madeixas para puxar o carrinho de feira, brincar de cabo guerra… Era tudo muito divertido! Um dia, porém, resolveu mudar: cedeu à propaganda de um salão de beleza que prometia cabelos lisos com um tratamento intensivo. Ficou satisfeita com o resultado, mas não podia mais entrar na piscina, andar a cavalo, rolar na grama e um monte de outras proibições. Que chato! Será que vale o sacrifício?

Dizem por aí que ninguém está satisfeito com seus cabelos… Mas não precisa ser sempre assim, não acham?

Recentemente o livro acima foi retirado de circulação por uma decisão da autora e da editora. A decisão foi tomada porque o livro, obviamente sem nenhuma intenção da autora, causou desconforto entre alguns leitores e mediadores de leitura. O desconforto veio por conta da maneira como se fala do cabelo da personagem, o livro chegou a ser considerado racista. A decisão da autora foi totalmente empática: ela nunca imaginou ofender uma criança e preferiu retirar o livro na possibilidade disso acontecer.

Nós nunca fizemos esta leitura. Para nós Peppa é um livro que empodera e liberta as meninas com cabelos cacheados. No entanto, entendemos que as pessoas podem fazer leituras diferentes de uma mesma obra e podem se sentir muito ofendidas. Nós não retiramos Peppa do #lomdesafioliterario pois o livro faz parte da nossa jornada e a nossa leitura sempre foi positiva. Entretanto, como o nosso papel é de fazer indicação literária, fazemos questão de deixar aqui registrado o que aconteceu com a obra para que as pessoas que acompanham o Blog Ler o Mundo possam optar, ou não, pela leitura do livro. O livro foi retirado das livrarias, mas vai continuar existindo em bibliotecas, sebos e lares por aí.

Abaixo colocamos alguns links de matérias sobre o assunto para quem quiser saber um pouco mais sobre o que aconteceu:

Autora tira livro de circulação após polêmica sobre racismo

https://novaescola.org.br/conteudo/7132/a-polemica-do-livro-peppa-e-as-discussoes-sobre-racismo-na-escola

*Peppa, de Silvana Rando, Editora BrinqueBook

 

 

Livro Nós, de Eva Furnari, Editora Moderna

Em Pamongas, Mel era a única pessoa cercada por borboletas. Sentia-se diferente e, quanto mais o tempo passava, apareciam nós por seu corpo: na perna, nos dedos, na garganta.

Resenha para crianças

Vamos conhecer o livro Nós?

Em Pamongas, Mel era a única pessoa cercada por borboletas. Sentia-se diferente e, quanto mais o tempo passava, apareciam nós por seu corpo: na perna, nos dedos, na garganta. Até o dia em que tromba com Kiko e descobre que há um mundo com pessoas diferentes além de Pamongas. Aos poucos, ela sente seus nós se desfazendo, ao passo que toma coragem para começar uma amizade e encontrar um novo lugar para morar.

Mel e seus nós vivem uma linda história sobre angústia, aceitação, coragem e pertencimento. E, claro, preconceito – porque ele está por aí e é importante pensar sobre isso também.

Mais sobre a leitura do livro Nós

Nós, de Eva Furnari, foi o primeiro livro do nosso desafio literário! Veja a confusão que foi a leitura!

É um livro que, além de proporcionar uma leitura muito gostosa, traz reflexões interessantes sobre aceitação e diversidade, que podem ser conversadas conforme a mediação da leitura.

Temos outros livros assim na tag #lomdiversidade

E conheça também outros livros de Eva Furnari na nossa tag: #lomEvaFurnari!

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O que é leitura? Uma reflexão sobre formação de leitores

crédito da imagem: Shuterstock.com

Este é um post para quem quer se aprofundar na teoria! Ele trata da formação de leitores e explicaremos o que é leitura segundo a nossa linha de pensamento. Ele também foi adaptado do meu livro:

Práticas de Linguagem oral e escrita na Educação Infantil – PNBE do professor 2013 – Bruna Cardoso – Editora Anzol (Grupo SM); p. 38-43.

A FORMAÇÃO DE LEITORES

Após termos abordado a construção da linguagem escrita, torna-se interessante abrir espaço aqui para falarmos um pouco sobre a formação do leitor, assunto importante dentro desse processo de construção, pois envolve o papel da escola, da sociedade e da família.

Iniciaremos refletindo sobre o que é a leitura.

Tradicionalmente vista como a decifração de um código, hoje em dia sabe-se que o processo de leitura é muito mais que isso. Ler envolve uma série de capacidades, que vão muito além da pura decodificação. Aliás, quem aprende a ler apenas decodificando não atribui significado ao texto e não compreende o que lê. Esse é um dos grandes problemas da alfabetização no Brasil: o analfabetismo funcional.

E que outras capacidades de leitura são essas?

São as capacidades relacionadas à compreensão, à interação e à interpretação.

Para refletirmos sobre o que essas capacidades representam, pensaremos nas atitudes que um leitor proficiente tem ao iniciar uma leitura.

Primeiramente ele escolhe o que vai ler, levando em consideração algum motivo: necessidade, vontade, prazer. Como é um leitor experiente, ele muitas vezes sabe alguma coisa sobre o autor, sabe a que gênero pertence o texto escolhido, assim como suas principais características.

Dessa maneira, por meio dos seus conhecimentos prévios, consegue realizar algumas antecipações sobre o que vai ler, além de produzir inferências ao longo da leitura. Durante a leitura, este leitor também conseguirá relacionar o texto que está lendo com outros que já foram lidos anteriormente, perceber como o texto escrito se relaciona com as imagens (no caso de um jornal, por exemplo), apreciar a leitura e elaborar sua opinião a respeito do assunto tratado no texto.

Quando falamos de leitura, então, devemos considerar tudo isso. Por esse motivo, é possível trabalhar leitura com crianças bem pequenas, inclusive com bebês. Este ‘trabalho’ pode acontecer tanto em casa como na escola. É importante que o sujeito aprenda desde pequeno para que serve a leitura, nas mais diversas instâncias e, ao mesmo tempo, aprofunde e aprimore este conhecimento na escola. A leitura precisa fazer parte da vida.

O que é leitura, afinal?

Resumidamente, temos três tipos de capacidades de leitura[1]:
  • as de decodificação, que envolvem: compreender as diferenças entre escritas e outras formas gráficas, conhecer o alfabeto, compreender a natureza alfabética do sistema de escrita, ler (reconhecendo globalmente palavras escritas) e ampliar a sacada do olhar para porções maiores de texto, desenvolvendo maior fluência e rapidez na leitura;
  • as de compreensão (estratégias), que envolvem: a ativação de conhecimentos prévios, a antecipação ou predição[2] de conteúdos ou propriedades dos textos, a checagem de hipóteses, a localização ou cópia de informações, a construção de informações a partir de comparação de trechos do texto, a produção de inferências[3] locais e globais;
  • as de apreciação e réplica do leitor em relação ao texto (interpretação, interação), que envolvem: a recuperação do contexto de produção de texto, a definição das finalidades da atividade de leitura[4], percepção de relações de interdiscursividade[5], percepção de outras linguagens[6], elaboração de apreciações estéticas, afetivas e até relacionadas a valores éticos[7].

Na Educação Infantil é possível, por exemplo, trabalhar as capacidades de decodificação, quando uma criança, a partir do seu nome ou de palavras significativas, conhece as letras do alfabeto, podendo até começar a estabelecer relações entre grafemas e fonemas. Também é interessante propor atividades em que a criança possa “ler sem saber ler”, ainda convencionalmente, fazendo uso de estratégias de antecipação, localização e inferência.

Além disso, a definição das finalidades da leitura deve ser sempre dita ou demonstrada de alguma maneira aos alunos: “Hoje eu trouxe uma reportagem interessante sobre show gratuito que vai ter no parque para as crianças. Vamos ler?”.

Apreciar e emitir opinião, mesmo que de maneira mais simples, sobre um texto lido pelo professor, ou em casa por um adulto, também são tarefas perfeitamente possíveis para crianças de 4 a 6 anos (ou menos!).

Pensando agora na importância do adulto no processo de formação das crianças como leitoras, para que isso aconteça (a criança se formar como leitora), é preciso que haja a articulação de dois fatores: o contato com materiais escritos e o compartilhamento com outros leitores de práticas de leitura. Quando a criança ainda não sabe ler convencionalmente, isso acontece, muitas vezes, concomitantemente, pois é o leitor adulto que traz o material escrito e, assim, o inclui nas práticas de leitura.

“A tarefa de mostrar às crianças as características e o sentido da escrita fica, portanto, sob a responsabilidade dos leitores mais experientes que convivem com elas. Cabe a eles compartilhar momentos de leitura com as crianças, fazendo-as, assim, usuárias da escrita”[8].

É preciso sinalizar que a preocupação com os textos que serão trazidos deve ser enorme. A criança precisa encontrar significado nos textos que irá ler e isso só acontecerá quando a função da leitura for percebida.

Ou seja, na maior parte dos casos, para se tornar um bom leitor, o indivíduo precisa se formar nesse sentido. Desse processo de formação, fazem parte todas as vivências que ele tem desde pequeno acerca da linguagem escrita. Além disso, nessa trajetória, o contato com outros bons leitores mais experientes é muito importante, pois são eles os responsáveis pela formação leitora, visto que proporcionam às crianças o contato com materiais escritos e a inserção nas práticas de leitura.

O texto acima foi adaptado do meu livro:

Práticas de Linguagem oral e escrita na Educação Infantil – PNBE do professor 2013 – Bruna Cardoso – Editora Anzol (Grupo SM).

Este texto é propriedade da autora (Bruna Cardoso) e da Editora SM, qualquer tipo de reprodução é proibida.

[1] Texto organizado a partir de ROJO, Roxane Helena Rodrigues. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo: SEE/CENP, 2004. Apresentado em congresso, em maio de 2004.

[2] Uma espécie de “adivinhação” de fatos, características ou assuntos, de que tratará o escrito, por meio da mobilização dos conhecimentos prévios que o leitor possui sobre o tipo de texto, o portador, o léxico, o assunto de que trata etc.

[3] Tentativa de captar o que não está explícito no texto, por meio dos conhecimentos prévios que possui o leitor.

[4] O motivo da leitura.

[5] Colocar o discurso em relação com outros discursos já conhecidos.

[6] Imagens, gráficos, sons etc.

[7] Criticar, dizendo os motivos (se gosta, não gosta e por quê).

[8] STRANO, Paula. Como se formam os leitores. São Paulo: Instituto Superior de Educação Vera Cruz, 2010. p. 10. Pós- graduação: “Alfabetização: relações entre ensino e aprendizagem”.

Vídeos do nosso canal que podem ajudar na formação de leitores:

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